Hexaedro quadrangular, o mais estável dos sólidos platónicos, sublime abstração, uno-elemento construtivo desde a(s) antiguidade(s), base conceptual para artistas e arquitectos: Rubik; Sol Lewitt; Donald Judd, Jeppe Hein, Jim Isermann, Richard Meier; Robert Morris, Bernard Tschumi; Joseph Kosuth, Tham & Videgard…e a lista podia continuar.
Outros, com base na agregação de quadrados (cubos nas versões actuais), criaram um jogo (viciante) conhecido universalmente como Tetris. O objectivo era (é) durante o mais longo tempo possível, encaixar as diversas peças umas nas outras, evitando o desperdício de espaços vazios e com isso ganhar pontos.
O mote partiu de um desafio lançado por um parceiro na área do mobiliário de autor. Iniciou-se uma séria brincadeira de encaixes e interdependências das partes (constituídas por outros cubos) em relação ao cubo (o maior, resultado da agregação de todos os outros cubos). A medida (só há uma) escolhida para o projecto permite adaptar-se a uma função de biblioteca (ou terá sido esta função auto-imposta que conduziu à medida?). Outras funções extra-impostas são passíveis de se adaptarem à medida, ou ser redefinida a medida para outros usos.
O desafio para o utilizador é a constante descoberta: o abrir das peças interdependentes dá lugar a vazios, cuja ocupação define a função. A mutação pode adaptar-se a diferentes espaços, mutados pela mutação inicial.
Personificado, este cubo tem sentimentos, e ao ser aberto e dividido, mostra a cor da vida. E de repente começa a cantar…
"So we are astray
There's nothing else to do
In another place
I see a different you
'Cause we
We left and lost again
I'll never love again
Oh, baby now we are apart
There's nothing we can do
In a different place
I see another you
And in another place
I see a different you"
(...)KOOP, "I See A Different You", 2006
There's nothing else to do
In another place
I see a different you
'Cause we
We left and lost again
I'll never love again
Oh, baby now we are apart
There's nothing we can do
In a different place
I see another you
And in another place
I see a different you"
(...)KOOP, "I See A Different You", 2006
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